Um tipo aula um pouco diferente vem sendo dada em algumas universidades brasileiras. Confira nessa reportagem feita pelo G1:

Divididos em grupos, alunos de primeiro e segundo semestres de fisioterapia pesquisam as respostas para questões de anatomia lançadas pelo professor. Bonecos para o estudo do corpo humano estão distribuídos na sala, assim como um armário repleto de materiais para a disciplina. A principal atração, no entanto, está na pintura de músculos, ossos e cartilagem feita por uma artista nas costas de um modelo. Os estudantes não aprendem em cadáveres, mas sim com pessoas vivas. O bodypainting (pintura corporal) é utilizado dentro da metodologia de ensino na área da saúde na UniRitter, em Porto Alegre.
As aulas com pintura corporal são agendadas. Tanto a artista como o modelo são contratados e recebem pela participação.
“Com todo respeito ao cadáver, não se vê diferenciação de músculo, cartilagem, escápula. No ser vivo, sim”, justifica o professor Fabrício Duarte, que só vê vantagens na técnica utilizada.
Conforme Fabrício, que é de Minas Gerais e vive em solo gaúcho há 10 anos, a pintura corporal começou a ser usada nos Estados Unidos. No Brasil, a pioneira foi a Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.
Segundo ele, as aulas práticas com pessoas vivas, além de atrair maior atenção dos alunos, trabalham a conduta e o respeito no grupo. “O respeito muda, a aula cria essas situações”, diz. “Isso é validado cientificamente. Temos que buscar conduta ética. A técnica se constrói com a formação, mas ética vem de berço", completa Fabrício, que afirma não ser contrário ao uso de cadáveres, apesar da opção por não trabalhar com corpos em aula.

De pé durante mais de uma hora, de costas para os alunos e cumprindo orientações do professor com movimentos durante as explicações da disciplina, Matheus garante que se sentiu confortável. Foi o primeiro convite que o modelo, que dá aulas de jogos digitais, recebeu. “Achei a metodologia muito interessante, dá até para aprender um pouco”, comenta.
Amanda Loss começou a pintar corpos nas aulas da Fadergs, e em seguida foi chamada para participar na UniRitter. “Meu professor de desenho que me indicou. Ainda estou aprendendo, mas a gente pensa que é mais complicado, e não é”, diz. “Sempre fui muito interessada nessa área, então é bom juntar o desenho com algo importante para o ensino”.

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